sábado, 4 de outubro de 2008

Reflexão: Bens Materiais e Espirituais.

Tradicionalmente existe uma divisão entre riquezas. A um certo grupo chamamos riquezas materiais, a outro, espirituais. Costumamos colocar no primeiro aquilo que possuímos materialmente, seja a boneca ou  o carrinho na primeira infância, a bicicleta, a TV, ou, num outro momento, aquela lista analisada pela Receita Federal.  A outro grupo, de extrema importância e difícil medida, estão os bens espirituais.  Neste grupo está o nosso carater, lembranças afetivas, maturidade,  dentre outros.  Esta divisão, certamente limitada, deixa  inúmeros itens em situação ambígua. O estudo, o aprendizado, a saúde e o corpo, por exemplo.

Ao morrermos, certamente não levaremos nossos bens materias.  O máximo que será feito é a distribuição entre os familiares.  Quanto as riquezas espirituais, um certo número de pessoas acredita poder levá-las para além da vida. 

A deteriorização do corpo e a partilha dos bens materiais é suficiente para alicerçar a crença de que estas riquezas não nos acompanharão após a morte. Por outro lado, a observação de doenças degeneratórias do cérebro mostram que o próprio espírito pode ser danificado. No caso do Alzaimer, o paciente perde suas lembranças afetivas. É incapaz de reconhecer o cônjuge com quem conviveu por trinta ou quarenta anos. 

Se as lembranças afetivas são riquezas espirituais e podem ser perdidas antes de nossa morte, vale a pena ponderar sobre a crença de que bens espirituais são eternos. 

Um abraço,
Meira.blog - blogueiro de primeira viagem! 



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